Condenação histórica. Em uma decisão inédita, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) condenou, nesta terça-feira (09), a Suíça por não agir diante das mudanças climáticas, colocando em risco seus cidadãos.
Essa foi a primeira vez na história que uma Corte europeia condenou um país por questões ambientais.
O caso foi apresentado por uma associação de idosas suíças, formada por 2.500 mulheres com média de idade de 73 anos. Elas denunciaram que o governo suíço colocou a vida delas em risco durante a última onda de calor que o país enfrentou, em meados de 2023.
Em outras palavras, trata-se de uma condenação pela falta de iniciativas para combater o aquecimento global, que teriam “prejudicado gravemente” o estado de saúde das pessoas.
Segundo a corte, a Suíça violou o artigo 8 da Convenção Europeia, que aborda o “direito ao respeito à vida privada e familiar”.
Se lembra dela? A ativista norueguesa Greta Thunberg também esteve na decisão e disse que é “apenas o começo”.
A importância: Basicamente, a decisão abriu um precedente para ser reproduzida por tribunais de todos os países da Europa, que têm recebido cada vez mais casos relacionados às mudanças climáticas.
Quadro geral: A decisão foi divulgada no mesmo dia em que o observatório europeu do clima, Copernicus, alertou que o mundo registrou um recorde de calor pelo 10º mês consecutivo em março.
O mês passado foi o março mais quente já registrado na história, com uma temperatura média do ar 1,68°C mais quente que a média para março entre os anos 1850-1900.
Fonte: https://app.rdstation.email/