Está com as férias voltadas para o Rio de Janeiro? Então, não perca a oportunidade de conhecer a novidade que assanha os cariocas: o Museu do Amanhã.
Um dos marcos da requalificação do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã se encontra em local privilegiado: na recém-revitalizada praça Mauá, sobre um píer que avança na baía. Com a demolição do elevado da Perimetral, em 2014, abriu-se uma visibilidade na região essencial para a ressignificação da área, pois permitiu a contemplação da própria praça, do Museu de Arte do Rio (MAR), de Bernardes Jacobsen Arquitetura (AU 229), inaugurado em 2013, e também da igreja e mosteiro de São Bento, fundados em 1590 e declarados como patrimônio da humanidade pela Unesco.
‘Se há algo em que o Rio de Janeiro se destaca das outras cidades é pela sua relação cidade-paisagem. A eliminação do elevado permitiu abrir o espaço urbano ao mar, à natureza e ao contexto histórico e cultural. Para mim, era essencial que o projeto se integrasse a esse conceito’, diz o arquiteto espanhol Santiago Calatrava, responsável pela concepção do projeto, desenvolvido e gerenciado pelo escritório brasileiro Ruy Rezende Arquitetura.
Para não prejudicar a visibilidade dos imóveis de patrimônio histórico, anteriormente encobertos pela Perimetral, a altura máxima no museu foi limitada a 18 m. O que poderia ser uma restrição foi um ponto muito bem contornado pela posição de destaque do píer, que possibilitou o desenvolvimento das quatro fachadas do museu e da cobertura – ela própria uma quinta fachada.
Para otimizar a captação de energia, mais de cinco mil painéis fotovoltaicos foram acopladas às aletas móveis da cobertura metálica, que se movem conforme a orientação do sol.
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