VOCÊ SABE O QUE É QUEERBAITING?

queerbaiting. O termo define uma estratégia de marketing usada para se aproximar da comunidade LGBTQIA+, dando a entender que os personagens de um projeto vivem um relacionamento homoafetivo, quando, na verdade, isso não fica claro no filme, num clipe,no show business ou na vida de um artista. Por exemplo: um longa que durante todo período de divulgação antes de sua estreia levanta a pauta de que dois personagens da produção não seguem padrões heteronormativos, chegam às telas e nunca deixam essa informação clara. Não há um movimento no roteiro que indique que a relação de fato aconteça.

A palavra une dois termos em inglês: “queer”, usado para se referir a minorias sexuais e de gênero, e “bait”, que significa “isca” em inglês. Em resumo: joga-se a isca para “pescar” os LGBTQIA+, mas sem perder o público conservador. Para a produção, fica a aparência de progressista e não se cria “polêmicas” (reflexos do preconceito) em volta do filme. Mas a verdade é que ela faz queerbaiting.

Queerbaiting é, então, uma técnica de marketing para ficção e entretenimento na qual os criadores sugerem, mas na verdade não retratam, romance entre pessoas do mesmo gênero ou outra representação LGBT.

O ex-integrante do One Direction Harry Styles nunca especificou publicamente um rótulo em sua identidade, e adotou a fluidez de gênero em suas escolhas de moda ao longo dos anos. “Às vezes, as pessoas dizem: ‘Você só esteve publicamente com mulheres’, e eu não acho que estive publicamente com ninguém. Se alguém tira uma foto sua com alguém, isso não significa que você está escolhendo ter um relacionamento público ou algo assim”, disse Harry à Rolling Stone.

Há poucos meses, o fenômeno Billie Eilish foi alvo de críticas ao compartilhar um vídeo dançando em meio a um grupo de mulheres, durante as gravações do clipe de “Lost Cause“. Na legenda, ela escreveu: “I Love Girls”, “eu amo meninas”, em tradução livre.Teve gente achando que Billie estava se assumindo como parte da comunidade LGBTQIA+, mas a situação pareceu ser mais uma de queerbaiting.

Outro caso também notório foi o de Sherlock da BBC, cuja core audience era maioritariamente adolescentes (especialmente meninas) LGBT. A relação de Sherlock e John era a mais próxima e mais explorada da série e, mais uma vez, os fãs LGBT notavam algum subtexto.

Não existindo uma real intenção de que se reflita sobre a vida de pessoas LGBTQIA+, suas dificuldades, seus anseios e suas lutas, o mecanismo resvala na intenção pura e simples de se gerar buzz e lucrar com isso, entenderam?

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