Nesta segunda-feira será aberta na Estação Memória Zeza Souto, Mania de Filtros e Biojoias, exposição promovida pelas artistas Jaqueline Carla, Jô Lopes e Claudiane Dias, em homenagem aos 60 anos de Ipatinga, que ficará em cartaz até o dia 30 de abril, com visitação livre e gratuita.
A programação reunirá mostra de fotografias temáticas da artista visual Jô Lopes, sob o tema filtros de sonhos e biojoias, peças assinadas pela artesã e artista Jaqueline Carla, com produção da atriz Claudiane Dias.
A abertura do evento ganhará o pátio da Estação Memória com a apresentação de Araruta tecendo história, espetáculo teatral protagonizado por Claudiane Dias. “A personagem Araruta foi criada para puxar a roda de conversa entre as expositoras e visitantes da mostra, pois espectadores também tecem a história juntamente com as artistas”.
Biojoias são peças de joalheria artesanal feitas a partir de materiais naturais e sustentáveis, como sementes, folhas, cascas de frutas, pedras semipreciosas, fibras naturais, madeira e outros elementos orgânicos encontrados na natureza. Esses materiais são coletados de forma ética e sustentável, muitas vezes reaproveitando resíduos ou utilizando materiais que seriam descartados, promovendo assim a reciclagem e a preservação ambiental.
“O processo de criação de biojoias geralmente envolve técnicas artesanais que valorizam a individualidade de cada peça, resultando em produtos únicos e exclusivos”, observa a artista visual Jaqueline Carla, acrescentando que “além disso, o uso de materiais naturais confere às biojoias uma estética orgânica e uma conexão especial com a natureza, tornando-as não apenas acessórios de beleza, mas também expressões de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”.
Por serem produzidas de forma artesanal e utilizando materiais naturais, as biojoias podem variar em cores, texturas e formas, refletindo a diversidade e a beleza da natureza. “Essas peças podem incluir colares, brincos, pulseiras, anéis e outros acessórios, agregando um toque de originalidade e consciência ambiental ao estilo pessoal de quem as utiliza”, sublinha Jaqueline Carla.
A artista visual Jô Lopes frisa que “a arte está em toda parte e basta saber enxergá-la. A natureza, os monumentos históricos, tudo é fonte inesgotável de inspiração. Cada elemento encontrado na cidade, como as madeiras rústicas da igrejinha ou as sementes do Parque Ipanema, tudo nos ajuda a contar histórias, a revisitar nossas raízes”.
No dia 10 deste mês, Jaqueline ministrará a oficina Filtro dos Sonhos. “Vou ensinar aos alunos a fazer esse objetivo de origem indígena produzido com cipó natural, semente e penas. Além de produzir um item decorativo, o processo de criação é terapêutico. A peça possui um sentido bonito de purificação das energias, como se fosse um coador capaz de separar e reter o que é bom para se levar para a vida”, observa a artista visual.
ESSAS MULHERES
Quanto a realizar um projeto em parceria com duas amigas, Jaqueline Carla destaca a paixão pela arte une o grupo. “Nossa produtora é fantástica, viaja pelo lúdico; a fotógrafa, com sua sensibilidade, capta coisas para além do que está posto diante dos olhares. Então temos a felicidade que uma boa combinação proporciona”.
Em relação à Mostra como um presente em homenagem ao aniversário de Ipatinga, Jaqueline fala que o filtro dos sonhos, as sementes, tudo remete à cultura indígena e à cidade de Ipatinga, um nome indígena, o pouso de água limpa. É na trama dessa teia que filtramos sentimentos, criamos nossas joias e nossos registros fotográficos.
Mania de Filtros e Biojoias é uma realização da Jô Lopes Fotografias e Mania de Filtros e Biojoias, com apoio da Prefeitura de Ipatinga e de sua Secretaria de Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo, a Filó Incubadora assina a elaboração do projeto, Claudiane Dias, a produção. A curadoria é da artesã Jaqueline Carla e a designer Ariel Bertola.
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