O Elevador da Glória, conhecida atração turística de Lisboa, descarrilhou nesta quarta-feira (3), matando pelo menos 15 pessoas e deixando outras 18 feridas – os carros do elevador têm capacidade máxima para 42 pessoas. Segundo o jornal O Público, o acidente foi causado por um cabo de segurança que se rompeu, fazendo com que o funicular se chocasse contra um prédio.
em Lisboa (Portugal), que deixou 15 mortos e 18 feridos, nesta quarta (3) expôs críticas à gestão do ponto turístico, que vinha sofrendo com falhas de manutenção. A tragédia ocorreu após uma das cabines descarrilhar e se chocar contra um edifício na capital do país.
Trabalhadores da Carris, empresa municipal responsável pelo transporte, já haviam alertado para falhas recorrentes na manutenção após a terceirização do serviço. Segundo sindicatos, a transferência para a empresa MAIN – Maintenance Engineering comprometeu a qualidade das revisões e aumentou os riscos de acidentes.
“Há anos os trabalhadores alertam sobre a necessidade de retomar a manutenção interna. O acidente de hoje confirma essas preocupações”, afirmou Manuel Leal, dirigente da Fectrans (Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações) e do STRUP (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal).
O elevador funciona por um sistema de tração elétrica aliado a cabos de segurança que ligam as duas cabines. Quando um sobe, o outro desce. Segundo especialistas, tudo indica que houve uma falha nesse mecanismo compensatório.
- Francisco Oliveira, do SITRA (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes), explicou que “tudo aponta para que possa ser uma falha mecânica”. Ele apontou que, em condições normais, os dois carros funcionam em sincronia: “Um puxa o outro. Quando um trava a descer, o outro que vai a subir trava também. E vice-versa”.