Por que o luxo contemporâneo está muito mais ligado a vivências do que a ostentação?
"O exagero passou a ser sinônimo de ostentação e não de elegância. E há uma diferença enorme entre uma coisa e outra."(Ana Leoni)
O movimento “underconsumption core” vai na contramão do consumismo e prega que "ter só o necessário é a nova ostentação"
Essa novo tendência que ganha força nas redes sociais defende reciclagem, reutilização e conserto, compra e uso apenas do necessário e apreciação do que se tem
O novo luxo ganhando cada vez mais espaço;
Conceito de luxo mais ligado a experiências não tangíveis, aquilo que nem sempre o dinheiro pode comprar;
Fim da ostentação? Não só: todos os tipos de luxo devem conviver cada vez mais juntos na sociedade;
O valor da experiência única, mas que todo mundo pode ter;
O tempo como maior valor nas nossas vidas sempre atarefadas: resgate das relações (mais tempo para estar com filhos, por exemplo), a importância do ócio e os ganhos do planejamento de horários;
Personificação: empresas tratando clientes como pessoas muito importantes (VIP) – e cada vez mais com o big data, que nos permite ter informações e dados muito íntimos dos clientes.
Sai a exclusividade, entra a autenticidade.
O luxo na pós-modernidade tem mais a ver com a vivência do que com a posse, com a democratização do que com a ostentação. Em tempos em que os recursos mais escassos da nossa vida são aqueles que não podemos comprar (tempo, emoções, relações), ter (e mostrar que se tem!) é um valor, quem diria, cada vez mais desvalorizado atualmente.
Como o underconsumption ainda não está consolidado, podendo ser mais uma das tantas tendências que surgem e desaparecem nas redes sociais, o momento é de aguardar. De toda forma, é uma boa oportunidade para discutir o consumo desenfreado e dar mais protagonismo para a sustentabilidade.
Fontes:
https://www.ligapesquisa.com/
https://umsoplaneta.globo.com/sociedade