Os adolescentes estão trabalhando mais. A taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos no trimestre encerrado em julho foi de 14,3%. Esse é o menor índice para um segundo trimestre desde o início da série histórica, em 2012.

• Em termos absolutos, essa taxa representa cerca de 2,2 milhões de jovens — um número próximo à população de Belo Horizonte que, segundo o último censo, é de 2,3 milhões.

Em comparação com o trimestre anterior, quando a taxa estava em 16,8%, a redução para 14,3% foi vista como um avanço significativo pelos analistas.

• Mesmo assim, vale destacar que essa taxa ainda é mais que o dobro da média do desemprego nacional, que ficou em 6,9% no último trimestre — indicando que a disputa com mais experientes nem sempre é fácil.

Ampliando a visão: O impacto do emprego/desemprego entre os jovens brasileiros não é limitado apenas ao curto prazo.

• No futuro, jovens desempregados de hoje podem não ter qualificação e experiência suficientes para conseguirem entrar no mercado de trabalho.

Além disso, se menos jovens contribuem, o sistema previdenciário, já deficitário, poderá sofrer ainda mais com a redução das receitas.

A situação fica ainda mais alarmante devido ao fato de que, atualmente, mais de 20% das pessoas entre 15 e 24 anos no Brasil não estão trabalhando, nem estudando — a famosa ‘geração nem-nem’.