SOBRE O BALET QUE HIBRIDUS DANÇA TROUXE PARA IPATINGA: UMA CRÍTICA

O grupo Hibridus Dança e a Fino Trato Produção Cultural apresentaram, na sexta-feira passada, no teatro Zélia Olguin, o primeiro evento de dança presencial, em Ipatinga, desde o inicio da pandemia. Foi uma residência artística com o Grupo de Berlim, Alemanha, Chaim Gebber Open Scene, que trouxeram ao palco o espetáculo Body Play, que é fruto da residência com intercâmbio artístico cultural entre bailarinos da Cia CHAIM GEBBER-OPEN SCENE com base em Berlin/Alemanha e artistas da região do Vale do Aço. “O trabalho é caracterizado por um processo constante de investigação artística, cultural e social. Artistas de Marrocos, Brasil, Japão, China, Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul, Itália, Áustria e Alemanha já fizeram parte do BODY PLAY PROJECT”, explica Chaim, diretor da peça.

Chaim selecionou 5 artistas para comporem o elenco de Body Play que acontece na próxima sexta-feira. Os selecionados foram Bebel Deodato do Rio de Janeiro, Iorran Félix, Luciano Botelho e Rosângela Sulidade de Ipatinga e Wellington Callaça de Ipanema. Juntos formam a equipe técnica do projeto que conta ainda com Conceito/Direção de Chaim Gebber, Roberta Pupotto Itália, Tsuki Austrália, Selene Espanha e Chaim Gebber Brasil, como intérpretes e produção de Wenderson Godoi.

Aí eu fui ver o espetáculo. Sou uma apaixonada por dança, desde pequena. Sonhava pisar os palcos com as sapatilhas de ponta, e foi uma das minhas maiores felicidades participar, por quatro anos, do corpo de baile de Dona Zélia Olguin.

O Body Play me arrebatou desde o primeiro momento. A música/não música, não convidava a dançar, mas a refletir, em todos movimentos desarticulados dos bailarinos, verdadeiras estruturas humanas cegas, unidas/desunidas, mostrando que juntos somos um. Senti que balé pode ser mais que ponta de pé, e ainda assim, ser pura poesia. Mais orgânica, intransferível, arrebatadora.

Chaim trata o corpo como máquina, mesmo que se queira mostrar o contrário: o inesperado a partir de performances sistêmicas. Simplesmente inesquecível.

Privilégio nosso, ter-nos oferecido tal qualidade.

A residência artística que conta com artistas e interessados no movimento dos corpos têm participantes das cidades do Vale do Aço de Ipanema, MG e Rio de Janeiro, aconteceu entre os dias 25 de outubro e 04 de novembro no espaço Hibridus Dança Ponto de Cultura.

Tanto a residência quanto a apresentação de Body Play fazem parte da programação do ENARTCi – Encontro de Dança Contemporânea de Ipatinga – A dança em tempos de pandemia: Outrora, e agora? A 15ª edição do ENARTCi – Encontro de Dança Contemporânea de Ipatinga – é viabilizada por meio da Lei Aldir Blanc, operacionalizada pelo Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo/Governo Federal.

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