Após serem acusadas de concorrência desleal por pagarem menos impostos, Shopee, Shein e AliExpress agora enfrentam uma acusação ainda mais séria…
- Comerciantes brasileiros declararam que esses sites asiáticos colocam a saúde do consumidor em risco ao venderem produtos sem eficácia comprovada ou que são proibidos no Brasil.
Além disso, as plataformas são criticadas por facilitarem excessivamente a entrada de novos vendedores (“sellers”), criando assim um verdadeiro “camelódromo virtual” — onde se pode encontrar de tudo, sem qualquer verificação.
Para se ter uma ideia: Uma pesquisa feita pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) mostra que, nesses sites, qualquer pessoa pode adquirir produtos como álcool 92,8º, que deveria ser usado somente em hospitais, formol puro 37%, que é proibido desde 2009, e distintivos da Polícia Federal.
- E não para por aí. Também é possível encontrar remédio para alcoolismo, spray para ajudar a parar de fumar, tratamentos para câncer de bexiga, pomada para câncer de mama, creme para tratar vitiligo e gel contraceptivo. A variedade é surpreendente…
Ampliando a visão: É impressionante a rapidez com que as varejistas chinesas ganharam espaço no Brasil e a relevância que alcançaram. No setor de moda, por exemplo, a Shein detém 16,17% do tráfego na web, superando o segundo colocado, que é a Renner, com 9,42%.
Ao todo, a Shein possui 21,8 milhões de usuários ativos em seu aplicativo, cinco vezes mais que os 4,5 milhões de usuários ativos da Renner.