SETEMBRO AMARELO: PSIQUIATRA DA UNIMED V.A FAZ ALERTA

Os cuidados com a saúde mental tem ganhado cada vez mais evidência. Em alusão ao tema, o mês de setembro recebe a cor amarela, reforçando a conscientização sobre a prevenção do suicídio e alertando a população a respeito da realidade no Brasil e no mundo. Para 2021, o tema escolhido foi “Agir Salva Vidas”, e nesta sexta-feira é comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

O relatório Suicide Worldwide in 2019, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que naquele ano mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes. No Brasil, são aproximadamente 13 mil pessoas por ano.

“Tenho observado um aumento dos casos de depressão e ansiedade desde que as medidas de isolamento começaram. A pandemia está associada a sensação de angústia e preocupação, tanto nos assuntos que se referem a saúde das pessoas e de seus familiares, quanto no que diz respeito aos impactos econômicos e sociais gerados no contexto que estamos vivendo desde o início do ano passado. Tudo isso gera ansiedade e, em alguns casos, depressão. Desse modo, saber identificar sinais de risco para o suicídio é fundamental para oferecer ajuda”, pontuou o psiquiatra e médico cooperado da Unimed Vale do Aço, Dr. João Vitor Moura.

Julgamentos

De acordo com o médico cooperado, a saúde mental ainda enfrenta muitos tabus e preconceitos da sociedade, o que impede algumas pessoas de procurarem tratamentos ou darem a real seriedade a ela.

“As doenças psiquiátricas são estigmatizadas, muitas vezes por falta de conhecimento a respeito do que essas patologias são. Consideradas como invisíveis para muitos, por estarem ligadas aos sentimentos e emoções, existe uma tendência das pessoas darem opiniões sem embasamento científico sobre como devem ser tratadas essas desordens e subestimarem seus sintomas. A depressão é uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada. Quando esse tratamento não é feito de maneira adequada, vários impactos podem ocorrer nos âmbitos profissional, social e na qualidade de vida como um todo. Então é tempo de enfrentarmos esse julgamento, esse preconceito e buscarmos uma forma de ampliar o tratamento e o acesso a ele”, afirmou o especialista.

Crianças e adolescentes

Dados da OMS apontam que o suicídio entre crianças menores de 15 anos é incomum e raro até antes dos 12 anos. A maioria dos suicídios ocorre entre as crianças maiores de 14 anos, principalmente no início da adolescência. Porém, em alguns países há um aumento alarmante nos suicídios entre crianças menores de 15 anos. Além disso, meninos cometem mais o ato que as meninas.

“A depressão e o suicídio entre crianças e adolescentes tem sido um assunto cada vez mais debatido. Infelizmente as taxas são preocupantes e os casos de depressão infantil são cada vez mais comuns. Pais e familiares devem estar sempre atentos aos sinais, principalmente rebaixamento do humor, tristeza persistente, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, alterações no sono, no apetite, na memória e irritabilidade. Sempre que uma criança ou adolescente falar sobre suicídio e depressão, é fundamental tratá-lo com a maior seriedade possível e jamais subestimá-lo, ouvindo a criança ou adolescente e o encaminhando ao tratamento adequado”, reforçou o psiquiatra.

Tratamento

Para o médico cooperado, não há uma regra exata a ser seguida para se evitar transtornos mentais, casos de depressão ou até mesmo o suicídio. Porém, alguns cuidados, quando tomados, e sinais, quando observados, são fundamentais.

“Preencher o tempo de forma útil é uma boa alternativa de aliviar os sintomas da depressão e até mesmo encarar o tratamento de maneira mais otimista. A prática de atividade física, o equilíbrio espiritual, ocupar-se com atividades que proporcionem bem-estar, como leituras, contato com a natureza e atividades manuais são formas de se cultivar uma boa saúde mental. É fundamental que a família desse paciente também esteja bem informada sobre a doença, sobre como lidar com suas consequências e atuar como motivadora e referência de apoio durante todo o tratamento”, acrescentou o médico.

Uma modalidade de tratamento que ganhou espaço durante a pandemia foi a terapia online. “A telemedicina, de uma forma geral, tem ganhado muitos adeptos nesse momento da pandemia. É uma nova modalidade que ainda enfrenta alguma resistência por parte de muitos pacientes que preferem o modelo convencional. Porém, precisamos enxergar o atendimento online como uma nova possibilidade, como um formato diferenciado que pode agregar valor ao atendimento médico e ajudar àqueles que precisam do acompanhamento com o especialista”, concluiu o psiquiatra, Dr. João Vitor Moura.

Mais em: https://www.youtube.com/watch?v=9A1tzn9siCY

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