PROIBIÇÃO DA CAÇA ÀS BALEIAS

A Islândia, um dos únicos países onde ainda é permitida à caça à baleia para fins comerciais, anunciou a proibição desta prática a partir de 2024.

A caça comercial nesta ilha do extremo norte da Europa foi retomada em 2003. Nos últimos anos, porém, as baleias tornaram-se estrelas de uma florescente onda de ecoturismo.

Em 2019, antes da pandemia, mais de 360 mil observadores de baleias reuniram-se nas águas do Atlântico Norte na Islândia para as admirar.

A proibição agora determinada pelo Governo surge numa altura em que são cada vez mais evidentes os sinais de decréscimo do consumo da carne de baleia no país. E que a atividade dos baleeiros se reduziu ao mínimo dos mínimos por falta de procura.

Além disso, o regresso do Japão à caça à baleia depois de uma paragem de 30 anos, em 2019, levou a que as exportações islandesas caíssem drasticamente.

As cotas anuais da Islândia para 2019 a 2023 permitem a caça de 209 baleias-comuns – a segunda maior espécie do planeta depois da baleia azul e considerada ameaçada de extinção – e 217 baleias minke, uma das menores espécies. Apenas uma foi morta nos últimos três anos.

“Existem poucas justificações para autorizar a caça às baleias além de 2024”, explicou o ministro das Pescas, Svandis Svavarsdottir, citado pelo jornal Morgunbladid.

Islândia, Noruega e Japão são os únicos países que autorizam a caça comercial de baleias, apesar das críticas de ativistas dos direitos dos animais e ambientalistas.

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