Esta na foto de capa sou eu, e eu tenho 70 anos.
Um novo estudo do FMI analisou dados de mais de 1 milhão de pessoas em 41 países e revelou algo surpreendente: hoje, uma pessoa de 70 anos tem, em média, a mesma capacidade cognitiva de alguém com 53 anos em 2000. Em tempo: O Fundo Monetário Internacional – FMI, embora seja mais conhecido por política fiscal, inflação e dívidas públicas, vem estudando cada vez mais o impacto do envelhecimento populacional sobre a economia global.
Além do cérebro, o corpo também mudou. Fragilidade física, produtividade, desejo de viver — tudo evoluiu. A longevidade deixou de ser um desafio e passou a ser uma vantagem. Mas será que o mercado, as empresas e a cultura já perceberam isso?
A revolução da maturidade já começou. A pergunta é: quem vai liderá-la?
Há várias razões — apoiadas por estudos recentes, inclusive do FMI para explicar por que pessoas da terceira idade “se sentem mais jovens” hoje em dia, em comparação com gerações anteriores. Aqui vão os principais achados e hipóteses:
Achados do FMI e de estudos correlatos:
Melhora nas capacidades cognitivas e físicas
No relatório “World Economic Outlook” de abril de 2025, o FMI mostra que, em média, pessoas de 70 anos em 2022 têm capacidade cognitiva equivalente à de pessoas de ~53 anos em 2000.
Além disso, medidas físicas como força de preensão (grip strength) e função pulmonar também melhoraram entre as pessoas mais velhas.
Expectativa de vida maior com menos comorbidades
O envelhecimento saudável (“healthy ageing”) é uma tendência: mais anos vividos com qualidade, menos anos com doenças crônicas severas ou incapacidades profundas.
Mais engajamento econômico e social em idades mais avançadas
Com melhor saúde física e mental, adultos mais velhos estão permanecendo ativos por mais tempo — no mercado de trabalho, em atividades produtivas, etc. O FMI observa que esse aumento nas capacidades está associado a maiores taxas de participação laboral entre os maiores de 50 anos.
Razões que ajudam a explicar por que isso acontece — por que a perceção de “sentir-se mais jovem”
Além dos fatores objetivos acima, há razões psicológicas, culturais e sociais:
Melhor educação e acesso à informação
Mais pessoas envelhecidas têm níveis mais altos de educação, inteligência sobre saúde, acesso à cuidados médicos, tecnologia, alimentação melhor, etc. Tudo isso ajuda a manter capacidades cognitivas e físicas.
Mudança de expectativas sobre envelhecimento
O que significa “ser idoso” mudou bastante. As expectativas culturais e sociais de como envelhecer — aparência, atividade, produtividade — evoluíram. Há menos estereótipos aceitos de que velhice é sinônimo obrigatório de dependência ou fragilidade.
Maior autonomia e controle
Estudos mostram que quando pessoas mais velhas mantêm um senso de controle da sua vida (autonomia para decisões, poder sobre seu cotidiano), elas tendem a se sentir mais jovens.
ScienceDaily
Resiliência ao estresse e bem-estar mental
Sentir-se mais jovem parece funcionar como um “buffer” contra os efeitos negativos do estresse, proteger contra declínios de saúde funcional, etc.
ScienceDaily
Uso de tecnologias
Há evidências de que o uso de smartphones, computadores, redes sociais, etc., ajuda na conexão social, informação, manter-se ativo mentalmente, o que pode contribuir para uma sensação geral de juventude.
Limitações e ressalvas
Quando se fala “70 anos hoje têm capacidades de 53 anos há 20 anos”, isso não significa que todas as pessoas de 70 se sintam exatamente com 53: há muita variabilidade individual (diferenças de saúde, estilo de vida, fatores socioeconômicos).
A percepção subjetiva de idade (i.e. “quanto eu me sinto velho ou jovem”) depende não apenas de saúde física ou cognitiva, mas também de fatores culturais, autoimagem, ambiente, expectativa de vida em cada país.
Melhorias não são iguais em todos os países ou grupos sociais: desigualdades persistem. Quem vive em condições mais adversas pode não experimentar tão fortemente essas tendências.
Conclusão
Em resumo: sim — há fortes indícios de que a “terceira idade” está de fato sendo diferente das gerações anteriores, em termos de saúde, cognição, expectativas e capacidade funcional. Essas mudanças tornam mais plausível que muitos envelhecidos hoje se sintam (e sejam) efetivamente mais jovens em vários sentidos.
Texto elaborado com ajuda de IA