Pela segunda vez na história, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU. Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (28), menos de 2,5% da população brasileira está em risco de subnutrição — limite usado para definir insegurança alimentar grave.

De acordo com a ONU, uma pessoa é considerada desnutrida quando, habitualmente, consome menos calorias e nutrientes do que o necessário para manter uma vida saudável.

Contextualizando: Em 2004, o Brasil registrava 5,7% da população em situação de fome. Agora, a média de 2022 a 2024 ficou abaixo de 2,5% — tirando o país da lista.

Ainda assim, o desafio está longe de terminar: 13,5% dos brasileiros seguem em insegurança alimentar moderada — quando há incerteza sobre a disponibilidade de alimentos em quantidade e qualidade adequadas.

Mas por que ainda há fome em um país que produz tanto? Apesar de ser um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, o Brasil ainda enfrenta obstáculos internos que dificultam o acesso à comida. Entre eles:

mesmo com queda no desemprego, os preços dos alimentos continuam altos;

há regiões com pouca ou nenhuma oferta de comida saudável e acessível;

mudanças climáticas são um dos principais riscos para o desabastecimento.