A 6ª edição da Estação Cinema começa amanhã, 12 de setembro de 2024, na cidade de Coluna, levando uma seleção de produções audiovisuais brasileiras para diversas localidades do interior de Minas. O evento, que será totalmente gratuito, continuará até o dia 21 de setembro, com exibições em São José do Jacuri, Setubinha e Novo Cruzeiro. A mostra reúne uma programação especial de curtas e longas-metragens, além das produções realizadas nas oficinas de Cinema, Mídia Móvel e Patrimônio Cultural.
A abertura oficial acontecerá em Coluna, na Praça Herculano Torres, às 19h, com a exibição dos curtas desenvolvidos pelos participantes das oficinas e, logo após, o público poderá conferir o longa O Menino no Espelho, dirigido por Guilherme Fiúza Zenha. O filme conta a história de Fernando, um menino que deseja ter um sósia para realizar as tarefas chatas da vida enquanto ele se diverte, explorando temas como infância e imaginação.
Nos dias seguintes, a programação passará por outras cidades com uma série de obras de destaque. Entre elas, o documentário Disque Quilombola, dirigido por David Reeks, Gabriela Romeu e Renata Meirelles, que traz crianças do Espírito Santo falando sobre a vida em uma comunidade quilombola e em um morro de Vitória, mostrando semelhanças e diferenças de suas infâncias. Outro destaque é Aurora – A Rua que Queria Ser Um Rio, dirigido por Radhi Meron, uma obra que conta a história de uma rua solitária que, em um dia de chuva, relembra sua trajetória e reflete sobre seu futuro, em uma metáfora poética sobre a vida urbana.
A programação também inclui o documentário A Febre da Mata, dirigido por Takumã Kuikuro, que acompanha um pajé em sua luta espiritual contra um incêndio que invade a floresta e ameaça a vida de sua aldeia. Além disso, o curta Caçadores de Saci, dirigido por Sofia Federico, apresenta uma história divertida sobre as travessuras de um saci em uma chácara, onde fenômenos misteriosos começam a ocorrer. O filme A Menina Espantalho, dirigido por Cássio Pereira dos Santos, retrata a luta de Luzia, uma menina do campo que deseja aprender a ler, mesmo sendo impedida de frequentar a escola por seu pai. Determinada, ela encontra outras maneiras de alcançar seu objetivo enquanto cuida do arrozal.
O Estação Cinema é mais do que uma mostra de filmes, é uma oportunidade para refletir sobre a importância da preservação do patrimônio cultural e incentivar o diálogo sobre temas relevantes para a região. Além das exibições, o evento também promoveu oficinas formativas conduzidas pelo cineasta Gustavo Jardim, oferecendo aos participantes a chance de explorar a produção audiovisual e temas como mídia móvel e patrimônio cultural.
Um dos destaques desta edição é o forte compromisso com a acessibilidade. O evento contará com intérpretes de Libras para garantir que todos possam acompanhar as produções. Além disso, foram instalados espaços adaptados para cadeirantes, com um tatame especial para garantir maior conforto e inclusão. Alguns filmes, como Aurora – A Rua que Queria Ser Um Rio, também terão versões com Libras, garantindo que pessoas com deficiência auditiva possam ter acesso completo ao conteúdo.
A Estação Cinema é uma realização de Alexandre Luna, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Lei Paulo Gustavo, e do Ministério da Cultura e Governo Federal. A coordenação do projeto é de Alexandre Luna, com curadoria de Éder Medeiros Loures e produção executiva da Shirley Maclane Produções. Gabriel Loures e Helena Nunes são os assistentes de produção. Assina a Oficina de Cinema, Mídia Móvel e Patrimônio Cultural o cineasta Gustavo Jardim, Luis Yuner será o mestre de cerimônias, enquanto o projeto gráfico e assessoria de comunicação são assinados por Goretti Nunes. O registro audiovisual será realizado pela Lana Vídeo Produções.
“A Estação Cinema oferece uma experiência enriquecedora, promovendo o acesso ao cinema e fomentando a cultura de forma inclusiva em diversas cidades do Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri e Jequitinhonha. Não perca a oportunidade de participar das sessões e conhecer mais sobre a cultura regional e o cinema nacional”, convida Shirley Maclane.