No período de isolamento social, todas as pessoas que puderem trabalhar em casa, em regime home office, devem fazer isso a fim de diminuir o contágio e o número de casos do Covid-19. Sabemos que ficar em casa significa menor exposição solar, mas nem por isso devemos abandonar o fotoprotetor, você sabia? Os raios do sol não são apenas os únicos a trazerem danos cumulativos à pele, mas a chamada luz visível e a luz azul de dispositivos móveis também. “A exposição diária e excessiva diante do computador, por exemplo, pode trazer malefícios como contribuir para o envelhecimento da pele, por causa da radiação emitida, além de ajudar quanto ao aparecimento de manchas. Isso significa que usar protetor solar é obrigatório todos os dias, em todas as épocas do ano e também em ambientes fechados, em casa e no trabalho, pois estamos cada vez mais expostos ao que vem sendo chamado de envelhecimento digital, ou ainda de envelhecimento 3C – cidades, computadores e comunicação sem fio”, afirma Isabel Luiza Piatti, especialista em Estética e Cosmetologia, embaixadora do CIA – Centro e Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas, e Membro do Conselho Científico da Academia Brasileira de Estética Científica – ABEC.
Segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, a luz azul é proveniente dos smartphones, tablets e computadores, sendo considerada a porção mais energética da luz visível e está relacionada a diversas patologias como melasma, envelhecimento e câncer de pele. “Mesmo não sendo um conceito novo, é necessário pontuar que a luz visível continua sendo um perigo. Presente na nossa rotina diária, ela é capaz de promover a médio e longo prazos um quadro de eritema mesmo que subcutâneo, mas já suficiente para gerar a presença das sunburn cells (ou células que sofreram alterações importantes pela radiação ultravioleta apresentando degeneração no seu DNA, promotoras mais tarde da possibilidade de cancerização). A luz visível atua no estímulo da melanogênese, resultando em manchas. As pessoas que têm tendência ao melasma não podem só pensar em ter um fotoprotetor com UVA e UVB. Elas precisam se proteger também desse tipo de radiação”, afirma a médica.
Segundo estudos, a utilização diária do computador durante várias horas e por vários meses pode contribuir para o aparecimento de manchas na pele. A luz azul pode desencadear ou piorar doenças de pele e o surgimento de manchas escuras principalmente no rosto. “Isso acontece porque ela estimula a melanogênese, ou seja, a pigmentação, sendo um fator importante de piora do melasma e de doenças que apresentam fotossensibilidade como o Lúpus e a rosácea, e causar maior inflamação na pele produzindo radicais livres como superóxidos, espécies reativas de nitrogênio e carbono. A luz visível/azul também causa danos nos tecidos, inflamação e age diretamente no DNA das células. Ao interagir com a melanina, pigmento que dá cor à pele, ela gera uma forma de oxigênio altamente reativa que deteriora inclusive o material genético celular”, diz a dermatologista Dra. Claudia Marçal.
E como se prevenir dessa exposição? Segundo Isabel Piatti, o ideal é optar por cosméticos que proporcionem proteção química (absorve a radiação e não permite que ela ultrapasse a epiderme), física (trabalha a reflexão e cria uma barreira que reflete a radiação UVA e UVB), biológica (presença de ativos que reforçam a proteção da pele e oferecem reparo celular contra agressões externas, como os antioxidantes) e contra a luz visível. “Para falar em proteção da pele contra a luz azul, existem ativos antioxidantes e protetores solares com essa ação de bloqueio contra esse dano. Produtos que formem uma verdadeira proteção 360º contra a poluição ambiental digital são necessários, utilizando ativos como: Alistin, antioxidante que neutraliza os radicais livres e impede a glicação do colágeno; Exo-P, que reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro; OTZ 10, um peptídeo que tem a capacidade de neutralizar os subprodutos tóxicos gerados pelo UVA e calor; e principalmente Pro-Shield, um sucrapeptídeo vegetal protetor natural contra a poluição digital e poluição ambiental. O Pro-Shield protege especificamente contra a ação dos dispositivos eletrônicos que emitem radiação azul, que compreende uma faixa do espectro que causa danos à pele e ao cabelo”, diz a Dra. Claudia.
Outro ativo que pode ser usado é Shield MLDA, um peptídeo extraído do café torrado, que tem a capacidade de absorver a luz visível/azul neutralizando os malefícios desta radiação. “Esses ingredientes podem ser adicionados em séruns ou cremes anti-idade e antioxidantes e utilizados em duas situações: de manhã, após limpeza e tonificação e antes do fotoprotetor – juntamente com a Vitamina C; e à noite, após limpeza e tonificação, em um sérum anti-idade para ser usado antes do creme com ácido hialurônico. Alguns desses ativos também podem ser manipulados no protetor solar, que deve ter FPS de no mínimo 30, garantindo a fotoproteção contra a radiação UVA, UVB, calor e luz visível /azul’, diz a médica.
Outro ativo disponível no mercado para conferir essa proteção é o extrato de luteína que, segundo Isabel, protege contra a luz visível e atua na proteção biológica ao proporcionar ação antioxidante.
Sugestão de produtos que ajudam na proteção da luz visível
Alguns cosméticos podem ajudar a garantir proteção necessária que a pele precisa, tanto dos raios solares, quanto biológica e da luz visível. Veja abaixo:
*Hidra Milk Sun, da Buona Vita, é um protetor solar (oil free), com FPS 30, resistente à água, e que ajuda a prevenir o envelhecimento precoce da pele, indicado para peles mistas, oleosas, acneicas e sensíveis. Ele possui extrato de folhas de oliva (hidratante, ação anti-inflamatória e antioxidante) e tem eficácia comprovada de proteção UVB, UVA e luz visível.
*Solar Hidra Active, também da Buona Vita, conta com extrato de luteína na formulação, que é cremosa, de sensorial leve e agradável, e FPS 30 (proteção anti-UVB) e proteção de 96,10% contra os raios UVA. Indicado para peles secas e normais, o Solar Hidra Active ajuda a prevenir o envelhecimento precoce da pele e também pode ser usado por gestantes e pessoas com peles sensíveis. O produto tem eficácia comprovada de proteção UVB, UVA e luz visível.
*Fotosense Extrasseco facial FPS 70, da Pharmapele, é um protetor gel-creme extrasseco da Pharmapele formulado para uso diário e que proporciona alta proteção contra os raios UVA (FPUVA 29) e UVB (FPS 70). Esse produto possui uma proteção diferencial contra os raios UVA (na faixa do UVA II), que são os principais responsáveis pelo fotoenvelhecimento, graças à presença de um filtro solar inovador, aprovado na União Europeia e recém lançado no Brasil: o Tinosorb A2B. Além disso, o protetor ainda auxilia na proteção contra a luz azul proveniente de dispositivos eletrônicos (que possuem LEDs).
*Fotosense Extrasseco facial FPS 50, da Pharmapele, é um protetor gel-creme extrasseco com FPS 50 que traz altíssima proteção FPUVA 27 (contra os raios UVA), por conta do filtro solar inovador Tinosorb A2B, que previne contra o fotoenvelhecimento. Auxiliando na proteção contra a luz azul de dispositivos eletrônicos, Fotosense FPS 50 não tem cor, evita o aspecto branco na pele, garante efeito mate prolongado e absorve a oleosidade. Esse protetor também confere ação antioxidante graças à Vitamina E.