ELIS CARDIM: GUARDE ESSE NOME E MUDE SUA VISÃO DE MODA

“Falar em propósito e não pensar nos dilemas da humanidade, não faz sentido. Pensar em transparência sem enxergar toda a teia de relações e condições de trabalho, funcionários, fornecedores, parceiros e clientes, não faz sentido. São eles que fazem e dão sentido à marca.” Assim, Elis Cardim se apresenta ao mundo com uma moda maravilhosamente sustentável, esteticamente perfeita, lindamente tecida.
“O fio de seda natural tem a capacidade de transformar e agregar valor aos produtos com beleza e propósito. A produção do fio é realizada de forma artesanal, aproveitando os casulos impróprios para a indústria com um trabalho social e ecologicamente responsável. E assim vamos abraçando a essência da marca para atender aos seus princípios de uma moda sustentável, luxuosa, atemporal, exclusiva e 100% brasileira. Valorizar o produto brasileiro vai além da moda, é um exercício de cooperação por um consumo mais consciente”, conta ela.

Segundo o blogueiro @reneroliveira, ela não queria uma roupa descartável ou sem função social. Elis calculou uma rota que fizesse sentido para os dias de hoje: desejável, original e que impactasse positivamente a indústria têxtil.

Ele conta: ” Desde a fundação em 2018, Elis trabalha em parceria com a Casulo Feliz, empresa paranaense que fornece o fio sustentável vindo de Maringá, numa região conhecida nacionalmente pelo cultivo do bicho-da-seda.

Além disso, outro ponto importante de se destacar no processo criativo minucioso é a técnica de tingimento natural no qual Cardim usa corantes que são retirados de plantas, e o processo artesanal utiliza apenas água, calor, sal e vinagre. Para chegar ao rosa, por exemplo,são usadas as folhas da amoreira. Já o marrom vem da casca da cebola, e o verde, da folha da erva-mate.

Preocupada em democratizar o acesso ao seu produto de luxo, Elis lançou a linha com Blend de seda, que mistura a seda pura, ainda dos casulos impróprios, com a viscose que seria descartada por outras fábricas.

Enxergar a mobilização, o savoir-faire, o design e o desejo de criar algo de uma maneira ancestral mas com desejo global, nos faz acreditar cada vez mais que o nosso Brasil não deixa a desejar em nada na moda. O que falta mesmo é um olhar mais cuidadoso e atento para o nosso luxo nacional.”

“Produzimos peças singulares, verdadeiras jóias, pura arte e com muito amor envolvido”, finaliza Elis. Salve, salve!

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