CULTURA POPULAR EM CENA NO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A aglomeração marca as manifestações da cultura popular, que precisou se reinventar por conta da necessidade do distanciamento social. Assim, surgiu  “O Maracatu e o combate à violência contra a mulher”. O projeto, em um primeiro momento, iria oferecer oficinas presenciais de construção de Alfaia e Agbê e ritmos do maracatu, exibição de filme ao ar livre com rodas de conversa, e como não foi possível desta forma estaremos No Youtube disponibilizando videoaulas gratuitas.

O Maracatu e o combate à violência contra a mulher têm como proposta principal através da Cultura Popular oferecer oficinas de construção de instrumentos e de percussão ligados ao maracatu fortalecendo o protagonismo das mulheres criando alternativas e enfrentamento à violência de gênero, buscando mudar a realidade atual. Através dos debates e das oficinas propostas, o projeto visa capacitar mulheres para serem multiplicadoras da cultura popular.

Para a produtora Shirley Maclane, as oficinas em formato virtual são uma oportunidade de alcançar e difundir a cultura popular para um público ainda maior, contribuindo para preservação do Maracatu que é um importante patrimônio cultural brasileiro.

“As nossas expectativas são as melhores possíveis, as videoaulas das oficinas de Alfaia e Agbê e de ritmos do maracatu propostas estão ficando lindas. Queremos que muitas pessoas tenham acesso a esse conteúdo. Apesar do contexto que estamos vivendo, estamos nos dedicando e fazendo o máximo para executar esse trabalho com toda segurança possível  seguindo todos os protocolos e protegendo todos os envolvidos”, ressalta.

A realizadora Enyály Poletti destaca que o conhecimento precisa ser multiplicado e destaca a importância de ampliar o acesso de outras mulheres: “Minha conquista individual não significa nada se não puder emancipar outras mulheres. A nossa construção só faz sentido se for coletiva.”

Estamos com as inscrições abertas de oficinas gratuitas, para toda a comunidade e ótima oportunidade de terem contato com instrumentos percussivos, como a construção de Alfaias e Agbês e ritmos dos diversos instrumentos do Maracatu (alfaia, gonguê, agbê, atabaque e caixa). Será oferecido um material didático da confecção de instrumentos de percussão (alfaia e agbê), voltada especialmente para o público feminino, através de vídeoaula no Youtube e e-book explicativo, sendo os instrumentos confeccionados pelas oficineiras Enyály Poletti e Dani Dornelas doados para o patrimônio do grupo Baque Mulher Ipatinga/MG.

Nesta programação além da exibição do filme Mães do Pina, de Léo Falcão,  que conta a história das mulheres negras da Periferia de Pernambuco e sua relação com o maracatu, do qual queremos reforçar o movimento Baque Mulher no Vale do Aço, com a roda de conversa iremos ampliar o debate, discutindo alternativas de enfrentamento à violência de gênero, buscando mudar a realidade atual e ações que protejam às mulheres.

Sobre as oficinas 

A Oficina escolhida para abrir o projeto será de Construção de Alfaia, onde Enyály Poletti publicitária, que deseja despertar nas pessoas a emoção de fabricar o próprio instrumento. As inscrições da Construção de Alfaias estão abertas desde o dia 11 de Julho até o dia 21 de Julho, tem como objetivo de passar uma técnica rica e artesanal para construção de tambor nos mínimos detalhes. Dani Dornelas, fotógrafa, batuqueira e coordenadora do Baque Mulher, irá nos prestigiar com a Oficina de Construção de Agbê e as inscrições estão abertas desde o dia 13 de julho até dia 22 de julho, os interessados podem acessar gratuitamente através da Bio do Instagram maracutu.mulheres.

A técnica que será apresentada pelas oficineiras exige muito pouco recurso de ferramentas, o que facilita e amplia a possibilidade para maior número de pessoas. Queremos que as pessoas façam seu próprio tambor, apoiem grupos regionais como colaboradores e quem sabe criar amor pelo ofício e assim geram trabalho e renda, principalmente para as mulheres, sendo que todas receberão um material didático e-book de como fazer passo a passo o seu instrumento.

O Lançamento das oficinas acontecerá no canal do Youtube: maracatumulheres às 19h, no dia 22 de julho a Oficina de Construção de Alfaia, no dia 24 de julho a Oficina de Agbê e no dia 26 de julho, uma Live com a oficina Ritmos do Maracatu, falando sobre os ritmos dos diversos instrumentos do Maracatu.

Completando a programação exibiremos no dia 29 de Julho às 19h30, o documentário “Mães do Pina” do diretor Léo Falcão que quer dar visibilidade às “Mães do Pina”, grupo de mulheres religiosas do bairro de Pina, no Recife. Estas personalidades do candomblé são vistas como guerreiras, sobrevivendo às dificuldades financeiras e construindo um importante legado cultural à comunidade. E ainda segundo o diretor: “É preciso valorizar as lideranças femininas, combater o racismo e a febre da especulação imobiliária que ameaça várias destas mulheres.”

A mestra Joana Cavalcante (mestra da Nação Encanto do Pina/PE e idealizadora do Baque Mulher), Dani Dornelas (coordenadora do Baque Mulher Ipatinga) e o Diretor Léo Falcão estarão presentes na roda de debate que também tem o apoio do “Los Películas Cineclube”, onde todos já estão convidados para participar on-line.

O Maracatu e o Combate à Violência contra a Mulher é apoiado pela Fundação Renova, pelo Edital Doce, é realizado por Enyály Poletti, produção Shirley Maclane e tem em sua equipe também a fotógrafa Dani Dornelas e a intérprete de libras Sara Carvalho.

Mais informações pelo telefone: (31) 98515-1174 com a produção.

 

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