CONSÓRCIO: BOM OU MAU NEGÓCIO?

O ano de 2022 foi marcado por recordes no mercado de consórcios, um sistema de concessão de crédito isento de juros para aquisição de bens e que se mantém em alta em 2023. Os números de adesões já superam o primeiro trimestre do ano passado.

Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC, o volume de créditos disponibilizados nos primeiros cinco meses de 2023 subiu 17,3% comparado ao mesmo período de 2022, ano em que o setor celebrou o recorde de 3,93 milhões de novas cotas, o melhor resultado da última década. No início de 2023, foi registrado um aumento de 30% adesões e consorciados ativos, no consórcio de imóveis.

“Quem compra um imóvel financiado a longo prazo chega a pagar 90% mais do que a aquisição do bem via consórcio devido aos juros. Por isso, as pessoas recorrem a consórcios, uma visão de quem já entende a importância da educação financeira, da necessidade de se planejar para ter um bem sem arroxar o orçamento”, observa o Diretor Administrativo Financeiro, Igor Miranda. O empresário sublinha que os imóveis ocupam lugar de destaque na lista de desejos dos consumidores. “O sonho da casa própria, podemos dizer, nasce com cada um de nós. Todos querem ter o seu cantinho, um espaço para si, para abrigar a família e receber os amigos. A realização desse sonho é uma prioridade na vida de todos, seguida pela realização de outros desejos e necessidades, como a compra de um segundo imóvel, para complementar a renda da aposentadoria, assegurar um ganho extra”.

Em relação à faixa etária de quem adere a consórcios, os jovens se destacam, “inclusive os solteiros, que planejam se casar ou precisam sair da casa dos pais e precisam investir na aquisição de um apartamento. Então, quem casa quer casa, e quem não casa também”, frisa Igor Miranda. Ele explica que, o fato de o consórcio não cobrar juros é um importante atrativo para os jovens. “Os sorteios periódicos para a contemplação de participantes, a opção de lances para a antecipação de um valor do contrato para agilizar a aquisição da carta de crédito mais rapidamente, tudo isso motiva a adesão de novos empreendedores aos consórcios”.

Igor observa que o consórcio, usado como mecanismo de planejamento financeiro, não compromete o orçamento e ainda contribuiu para os fluxos contínuos de recursos não inflacionários. “Há uma estabilidade do consórcio frente às oscilações da economia. As variações macroeconômicas a que estão sujeitas as economias têm pouca interferência nos consórcios, uma constatação feita a partir de análises das décadas de história deste sistema de investimento – o consórcio, que surgiu no Brasil no início da década de 1960.”

CRÉDITO

O consórcio é uma forma de acesso a crédito para compra dos mais variados de imóveis e outros bens. É uma alternativa econômica de investimento em que o empreendedor define quanto precisa e o prazo máximo para adquirir o imóvel.

O cliente adere a um plano e paga parcelas no valor e nos prazos definidos em contrato. Mensalmente, uma ou mais pessoas são sorteadas e podem utilizar o crédito para adquirir o bem. Quem não quer depender apenas de sorteio, também pode ofertar lances, que funcionam como um leilão – quem oferta o maior valor ou percentual, é contemplado. Esse valor é abatido do saldo devedor, ou seja, o lance é um adiantamento de parcelas.

Ao ser contemplado no consórcio imobiliário, o cliente escolhe o bem que deseja adquirir, construído ou na planta. Após a escolha do bem e aprovadas as garantias, a administradora do consórcio realiza o pagamento diretamente ao vendedor. E como o pagamento é à vista, o consorciado pode negociar descontos e benefícios.

“O consórcio é uma forma segura de compra colaborativa. Em um grupo de consórcio, todas as pessoas contribuem com um “fundo comum”. A aquisição dos bens é feita com recursos dos próprios participantes, uma forma de autofinanciamento. A administradora de consórcio é responsável pela gestão desse fundo o comum”, explica e O Diretor Operacional, Breno Barreto, listando a seguir algumas vantagens de se investir em consórcios. “Pelo fato de não possuírem juros, o consórcio é um produto mais atrativo se comparado a financiamentos bancários e menos burocrático. O consórcio é uma opção segura para a formação de patrimônio desde cedo, com o uso de crédito flexível”.

Breno frisa que a liberação de crédito, pelas instituições financeiras, está cada vez mais restrita, burocrática e cara. “Esse fator também colabora muito para o aumento de adesões aos consórcios. Ressalto ainda que, independente do futuro da economia do país, aderir a consórcios é a melhor forma de investimento”.

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