O Casa Laboratório – Ponto de Cultura realiza, a partir do dia 25 de novembro, a estreia do espetáculo “A Vida Como Ela É”, resultado da residência artística do PLIFA – Programa Livre de Formação Artística. Conduzido pela diretora e pesquisadora Bárbara Pavione, o projeto reúne quase 20 artistas em uma série de três episódios cênicos inspirados no universo de Nelson Rodrigues.
As apresentações acontecem em duas temporadas: nos dias 25, 26 e 27, no Espaço Hibridus – Ponto de Cultura; e nos dias 28, 29 e 30, no Teatro Academia Olguin, um dos espaços culturais mais tradicionais de Ipatinga. Cada noite traz um episódio diferente, construído como um “periódico teatral”, formato que transforma as crônicas de Nelson Rodrigues em relatos encenados sobre traição, morte e os dramas do cotidiano brasileiro. As sessões são sempre às 20h, e a entrada é gratuita. Para assistir à série completa, o público deverá comparecer ao teatro por três dias, pois cada dia é um episódio novo. Episódio 1: Exercício sobre a traição; Episódio 2: Exercício sobre a morte; Episódio 3: Eu matei Roberto Rodrigues.
A residência do PLIFA, que dá origem ao espetáculo, inaugura uma nova fase da instituição ao abrir seu espaço para diretores e criadores da região desenvolverem trabalhos autorais, com foco na pesquisa e no estudo de linguagem. A proposta reforça a missão do Casa Laboratório de investir nos talentos locais e oferecer estrutura para que artistas profissionais e em formação possam criar obras de arte independentes das pressões do mercado, com foco na investigação.
O espetáculo é uma realização do Casa Laboratório – Ponto de Cultura, dentro do projeto PLIFA – Residência em Atuação, sob coordenação-geral de Joab Sangi, que também assina a criação do cenário por meio da GaleriA3. A produção é conduzida por João Carlos Cardoso, com assistência de Mel de Faria, enquanto o design gráfico fica a cargo de Léo Coessens. A coordenação administrativa é de Rodolfo Bello. A direção e orientação do trabalho são da pesquisadora e diretora Bárbara Pavione, que também assina o figurino em parceria com Joab Sangi. A dramaturgia é desenvolvida por um núcleo formado por Mari Penna, Tai Vieira, Matheus Rodrigues, Laura Cristina e pela própria Bárbara Pavione. O núcleo de atores é composto por Eberty Souza, Liala Coelho, Thayná de Faria, Mari Penna, Malu Drummond, Maria Clara Gomes, Joana Teles, Gabriel Braga, Tai Vieira, Débora Gomes, Caio Vinícius, Natália Fonseca, Matheus Rodrigues, Amanda Vitória, Laura Cristina, Mauricio Netto e Lukas Santí, que dão vida às experimentações e materializam em cena a investigação proposta pela residência.
Nesta edição, Bárbara orienta os participantes a partir da leitura das crônicas rodriguianas e do episódio da morte de Roberto Rodrigues, irmão do dramaturgo. O resultado são três exercícios cênicos que dialogam com temas universais e permanecem atuais, mantendo viva a força crítica e poética da obra de Nelson Rodrigues.
O Casa Laboratório convida o público de Ipatinga e região a acompanhar essa temporada especial, que marca não apenas a estreia de um espetáculo, mas o fortalecimento de uma política de criação artística contínua no Vale do Aço. As sessões oferecem ao espectador a oportunidade de conhecer novos talentos, revisitar a obra de Nelson Rodrigues e participar do movimento cultural da nossa cidade.
O projeto “PLIFA – Residência em Atuação” é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), do Governo Federal – Ministério da Cultura, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Ipatinga.





