Após Pantone lançar o branco como cor do ano, concorrente apresenta o “Transformative Teal”

O anúncio da Cor do Ano para 2026 provocou uma polarização raramente vista no universo das tendências, colocando em xeque duas filosofias opostas sobre como lidar com o caos global. De um lado, o Cloud Dancer da Pantone, um branco puro que a marca define como a cor da calma, da clareza e da pausa. De outro, o Transformative Teal da WGSN e Coloro, um tom de verde-azulado mutável e profundo, que se apresenta como a cor da ação e do enfrentamento.

 

A escolha da Pantone, contudo, foi amplamente criticada, pois o branco puro foi interpretado como um símbolo de esvaziamento e conformidade. Segundo a colunista da Glamour Brasil Carla Lemos, que escreve sobre maximalismo, cultura e moda, “em 2026 escolher branco como resposta ao caos global soa menos. Como vamos respirar e mais como não. Temos mais o que dizer“. Ela ainda afirma que o branco é “o silêncio que não acolhe, só se conforma” e “a cor da falta de escolha”, gerando agonia e aperto para muita gente.

Em nítido contraste, o Transformative Teal surge alinhado à previsão da WGSN de que 2026 será o ano do redirecionamento, com forte demanda por maior responsabilidade ecológica. Essa tonalidade, fusão fluida entre o azul escuro e o verde aquático, reflete uma mentalidade que prioriza a Terra e representa a mudança. Lemos destaca que a cor “é sobre resiliência dessa fusão entre o. Azul profundo dos oceanos e o verde das tecnologias regenerativas“.

O cerne do debate reside na intenção e no propósito das cores em um momento de crise. A Pantone buscava comunicar respiro, mas o público leu anestesia e passividade, com a cor parecendo convidar a “desaparecer” ou a se conformar. O Transformative Teal, por sua vez, é a “cor da ação no planeta que precisa de respostas, não de silêncio”. Lemos resume o contraste: “O branco parece passividade. O [Teal] parece um lembrete coletivo. Não, vamos desistir sem tentar“.

Fonte: https://hubmundonegro.substack.com/

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