A 15.ª edição da Cinedocumenta foi encerrada na noite do domingo (19) com a apresentação de um curta-metragem produzido por alunos da Oficina de realização, ministrada pelo cineasta Luiz Carlos Lacerda, o Bigode. O filme exaltou o Parque Ipanema, com destaque para as atividades culturais, esportivas e de lazer desenvolvidas na maior área verde urbana de Minas Gerais.

Outro filme exibido no final do evento foi Ingrid, de Maick Hannder. A obra aborda um universo cercado de preconceitos no Brasil, a população transexual, contemplada com uma mostra paralela, a Mostrans.

Ao todo, foram exibidos 12 filmes durante a Cinedocumenta, que trouxe ainda em sua programação debates com diretores de várias partes do Brasil e um show performático com a drag queen Diiah Foox e com a rapper Preta Lua MC.

“Avalio positivamente a Cinedocumenta. O envolvimento do público com as obras, a participação de pessoas do Vale do Aço e de outras regiões engajadas com causas que abraçamos, desde a promoção da sétima arte, formação de público de realizadores, quanto à defesa de direitos de quem foge aos padrões da sociedade tradicional”, sublinhou Éderson Caldas, idealizador e realizador da Cinedocumenta.

Ele enfatiza que “a Mostrans, especialmente, foi um manifesto contra a perpetuação do preconceito e da discriminação das pessoas em razão da sua orientação sexual e/ou de identidade de gênero”.

Éderson Caldas frisou ainda que a Cinedocumenta, com entrada franca todos os dias e acessibilidade em Libras, Áudio descrição e espaços para Cadeirantes, se destacou como um espaço inclusivo também para entidades contempladas com sessão extra, como a Apae, a Adevipa e outros grupos de PCD. “Não podemos deixar de citar o caráter itinerante da Cinedocumenta, que circulou por espaço acadêmico, foi à Faculdade Anhanguera; pelo Parque Ipanema, pelo Teatro do Centro Cultural Usiminas e pela Comunidade Quilombola Achado de Cima”.

PARCEIROS

O Cinedocumenta 15 Anos contou com o apoio de diversos parceiros e instituições, incluindo a Prefeitura de Ipatinga, Vídeo Plus, Panorama Hotéis, Tufik Cozinha Árabe, Restaurante Tradição, Bruder, Vitrine Filmes, Los Películas Cine Clube, Rec na Alta, Coletivo Básico, Faculdade Anhanguera, Canal Brasil, entre outros.

A produção do evento foi da MC Produção, Shirley Maclane Produções e Fino Trato, com divulgação nas mídias sociais pela G Mídia.

A Cinedocumenta foi realizada graças ao apoio da Secretaria de Cultura e Turismo do Governo de Minas Gerais, e respaldo da Lei Paulo Gustavo de Minas Gerais e do Ministério da Cultura do Governo Federal.

FICHA

A Cinedocumenta – Mostrans contou com a direção de produção de Shirley Maclane; direção de comunicação de Goretti Nunes e Raquel de Carvalho; direção técnica de Filipe Oliveira; registros fotográficos de Daniela Dornelas; assistência de produção de Samantha Fernandes, Simonal Wilde e Cristiano Almeida; tradução em Libras de Vânia Coelho, Jaqueline Lima, Viviane Laranjo, Josiane Sales, Poliany Marques, Amanda Guimarães, Denise Fernandes, Geani Sampaio e com os serviços contábeis de Adilson Mariano.

A Mostrans foi contemplada por meio de recursos da Lei N.º 195/2022 (Lei Paulo Gustavo) Produção Audiovisual – Município de Ipatinga/MG, e contou com o apoio do Coletivo Básico, Bar do Gordo, Hotel Panorama Tower, Restaurante Tradição e Tufik Cozinha Árabe.

Legenda da foto de capa deste post: A Mostrans deu visibilidade a homens e mulheres transgêneros

Fotos: Dani Dornelas