SENSIBILIDADE E AMOR: PROJETO MUCKY

“Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para mudar os rumos do Planeta. Na verdade, eles são a única esperança de que isso possa ocorrer.”

(Margaret Mead)

EU JÁ VOU DEIXANDO O ENDEREÇO DO SITE DO PROJETO, PORQUE SEI QUE VOCÊS VÃO SE SENSIBILIZAR E QUERER AJUDAR: https://www.projetomucky.org.br/

O Projeto Mucky é uma ONG e órgão de utilidade pública que, desde 1985, beneficia primatas de diversas espécies. É o único órgão do gênero no Brasil de acordo com o IBAMA (568189), do Ministério do Meio Ambiente, e registrado como Mantenedor da Fauna Silvestre na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, sob número 2452/2012. Nossa entidade socorre, recupera, mantém, pesquisa, busca a procriação das espécies em risco e, mesmo considerando as incertezas de sucesso, trabalha sempre no intuito de reintegrar os primatas à natureza.

O Projeto abriga várias espécies de primatas brasileiros, como saguis, sauás, micos de cheiro e bugios, oferecendo abrigo, cuidados ininterruptos e atendimento médico veterinário. Dedica-se ainda ao combate ao comércio de animais silvestres, por meio da educação ambiental.

O Projeto Mucky compartilha da visão de que todos nós, seres vivos, vivemos em um mesmo mundo e temos igual direito à vida, a cuidados e ao respeito. Assegurar que essa ideia seja tirada do papel e posta em prática é um dever de todos.

Visão

Respeito, compaixão e reconhecimento da dignidade de outras espécies.

Missão

Socorrer e oferecer vida digna a primatas brasileiros vítimas da perda de habitats naturais, de maus tratos, acidentados ou apreendidos do comércio de animais, por meio de tratamentos diferenciados e únicos.

Exercer a educação ambiental com olhar diferenciado, desenvolvendo e compartilhando estudos, novos aprendizados, conceitos, valores, técnicas e sensibilidade em relação à vida, para que proporcione experiências transformadoras aos “cidadãos do mundo”.

Como tudo começou

agui macho, tufo-preto, desnutrido, rabo pelado, corda amarrada à cintura e entranhada em sua musculatura. Seu “carinhoso” dono cansou, não o quis mais. Para salvá-lo, foram necessárias várias cirurgias e cuidados intensivos. Seu nome é Mucky, o precursor do Projeto Conservacionista Mucky.

Nossa história teve início em 1985, quando a produtora gráfica e formada em Educação Física Lívia Maria Botár, hoje ambientalista e coordenadora da entidade, recebeu e acolheu Mucky, procedente das mãos de um viciado em drogas. Nos anos seguintes, após muito pesquisar, manter intercâmbio com especialistas e desenvolver uma metodologia muito peculiar, resgataria e abrigaria muitos outros “Muckys”.

Em 1996, a entidade, já registrada no IBAMA como Projeto Conservacionista, mudou-se provisoriamente, por exigência do órgão ambiental, para uma área rural em Jundiaí, interior de São Paulo e, desde então, a instituição está instalada em sede própria, ocupando uma área de 20 mil m², no município de Itu/SP, onde hoje abriga e cuida de cerca de 200 primatas, sob supervisão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

A Instituição recebe muitos animais desnutridos, cegos, com membros fraturados ou amputados ou com problemas de locomoção, devido às lesões sofridas, principalmente, pela manutenção indevida de silvestres como animais de estimação. Os animais passam por atendimento médico veterinário, em que recebem tratamento alopático e/ou homeopático, assim como tratamentos alternativos, como hidroterapia, acupuntura, fisioterapia, terapia de florais, cromoterapia, musicoterapia, cujos resultados são, na maioria das vezes, bastante rápidos e extremamente satisfatórios. 

Depois de tratados, os primatas são acomodados em viveiros construídos para representar seu ambiente natural na companhia de outros, para que vivam em sociedade. Os animais recebem cuidados 24h por dia, pelos incansáveis colaboradores do Projeto, divididos entre tratadores, biólogos, veterinários, cozinheiros, encarregados dos serviços de limpeza, secretaria, administração, educação ambiental e coordenação.

Uma dedicada equipe treinada pela ONG ainda se dedica a trabalhos ambientais, estudos e pesquisas (não invasivas), por meio de dados obtidos com a recuperação e a manutenção desses animais no “santuário” do Projeto.

O Projeto Mucky está instalado em uma área de 20.000 m², com 580 m² de área construída, no município de Itu/SP. O local conta com:

 • 103 viveiros;

 • Enfermaria;

 • Cozinha para preparação dos alimentos dos primatas;

 • Cozinha para preparação dos alimentos dos funcionários;

 • Espaço para lanches;

 • Espaço para educação ambiental;

 • Sanitários para visitantes;

 • Dormitórios e banheiros para os residentes;

 • Sala de TV e computadores;

 • Escritório;

 • Lavanderia;

 • Almoxarifado;

 • Oficina e alojamento para ecovoluntários.

Educação Ambiental e combate ao comércio de animais silvestres

“Há dois seres que não merecem ser infelizes: as crianças e os animais.” 

(Paul Léautaud)

A Instituição recebe muitos primatas provenientes do tráfico ou da venda “legalizada”. Em sua maioria, chegam desnutridos, cegos, com membros fraturados ou amputados, osteodistróficos e, especialmente, com severos traumas emocionais, devido às lesões sofridas pela manutenção indevida de animais silvestres como “pet”.  Por esse motivo, projetos de educação ambiental tornam-se imprescindíveis, para um “reposicionamento” dos seres humanos em relação a outras espécies.

Nossa existência é manifestada em um espaço em que coabitam várias espécies, numa interrelação e interdependência que constituem um ecossistema. A importância e o significado dessa convivência são construídos através da cultura e da educação. Lutar pela existência e sobrevivência de cada uma das espécies é, sobretudo, uma tarefa humana.

Acreditando que os seres humanos possam de alguma maneira revalorizar sua forma de estarem presentes neste mundo, os projetos de educação ambiental têm entre seus objetivos: construir o respeito pela diversidade, seja ela cultural ou natural; formar conceitos a respeito da coexistência das espécies; desenvolver o hábito da observação dos animais silvestres em seu habitat natural; construir novas maneiras de se relacionar com animais silvestres, deixando-os em liberdade; modificar a concepção de propriedade, brinquedo, etc. em relação aos animais em geral; construir e/ou estabelecer novos paradigmas em relação ao Meio Ambiente.

As emocionantes histórias de animais recuperados e o aprendizado com a natureza foram transformados em livros infanto-juvenis, que visam contribuir para a educação de crianças e jovens. A venda dessas publicações é mais uma fonte de renda para auxiliar a custear as atividades do Projeto.

Para sustentar a proposta e a seriedade do trabalho realizado pelo Projeto Mucky, investimos constantemente na cooperação técnico-cientifica com universidades, biólogos, veterinários, estudantes, primatólogos e outros especialistas, que colaboram no desenvolvimento de planos de trabalho, projetos de pesquisa, monografias e estágios.

Lívia Botár

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Lívia Botár é ex-produtora gráfica e formada em Educação Física e Ecologia/Educação Ambiental.

É ambientalista, fundadora e coordenadora do Projeto Mucky, e por seus mais de trinta e quatro anos de dedicação e experiência no resgate e cuidado de primatas brasileiros é considerada uma das maiores especialistas em primatas no Brasil.

Tarumã

Filhote de bugio-preto

Blankyta
Poema
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