PARA QUEM QUER FICAR POR DENTRO DO MET GALA DESTA SEGUNDA

Com texto de Samuel Muston para a Vogue Internacional, explico o que vem a ser o tema do MET Gala que acontece hoje em NY:  

Camp é um assunto tão complexo que a tarefa de definir o termo faria até mesmo Hércules parar para pensar. Mas é esse o tema do mais recente Baile de Gala do Met e a exposição que o acompanha: “Camp: Notes on Fashion”, que será lançada no dia 6 de maio.

Um ensaio de 1964 escrito por Susan Sontag sobre o tema, intitulado “Notes on Camp”, é o ponto de partida. “Segundo a autora, no camp puro, o elemento essencial é a seriedade, uma seriedade que falha”, explica Bolton. “As pessoas têm uma ideia pré-concebida do termo camp. Acham que é um estilo é superficial, sobre homens gays travestis. E é isso, mas muitas outras coisas mais também”. Pode ser a Princesa Diana na década de 1980; Joan Collins nos anos 70; John Waters em qualquer época; drag queens e Quentin CrispBjörk com seu vestido-cisne; ou Marc Jacobs usando qualquer vestido. É uma igreja ampla que acolhe quase todos os adoradores.

Uma das coisas que o estilo definitivamente sintoniza é com o trabalho de Alejandro Gómez Palomo, o estilista de 27 anos por trás da Palomo Spain. Palomo fundou sua marca em 2015 logo depois de se formar pela London College of Fashion, e já desfilou suas coleções em Paris, Madri e Nova York, no melhor estilo camp. Suas criações exuberantes, agnósticas quanto ao gênero – que têm inspiração de muitos lados, desde Luís XIV e Serge Diaghilev, do Ballet Russes, a Orlando, de Virginia Woolf – incluem vestidos feitos com penas, bodysuits transparentes arrematados com paetês, jaquetas bouclê violeta combinadas com botas na altura dos joelhos, e bermudas franzidas. Desfilados por modelos masculinos andróginos, e favorito de pessoas como Beyoncé e o vocalista da banda Years & Years, Olly Alexander, o trabalho de Palomo atraiu Bolton tão fortemente que ele incluiu seis looks da Palomo Spain na exposição “Camp: Notes on Fashion”.

keyboard_arrow_up