MÉDICA DA UNIMED FALA SOBRE HEMOFILIA

Mais de 24 mil pessoas no Brasil sofrem com a hemofilia e outras desordens hemorrágicas hereditárias. Apesar de ser uma doença que afeta a coagulação do sangue, provocando dificuldade para controlar sangramentos, com os tratamentos adequados, é possível que o paciente viva com ela.

“O sangue é composto por várias substâncias e cada uma delas tem uma função específica. Na hemofilia temos as proteínas, chamadas de fatores de coagulação, que ajudam a estancar hemorragias, e são classificados em números. A pessoa com hemofilia não tem um dos fatores em quantidade suficiente ou em qualidade adequada para exercer sua função, com isso, seu sangue demora mais para formar um coágulo. A Hemofilia tipo A é a mais comum e nela você tem a deficiência do fator VIII. Já na tipo B, a deficiência é a do fator IX. As células possuem cromossomos que tem as informações genéticas e determinam as características de cada indivíduo. Os cromossomos X possuem os genes que são responsáveis pela regulagem desses fatores VIII e IX. A mulher tem 2 cromossomos X e o homem 1 cromossoma X e um Y, por essa razão, a hemofilia é uma doença mais comum no sexo masculino”, explicou a hematologista e hemoterapeuta cooperada da Unimed Vale do Aço, Dra. Letícia Telles.

A especialista esclareceu que qualquer sangramento em excesso deve ser investigado. “O diagnóstico da patologia é feito por exames laboratoriais específicos. Nos primeiros anos de vida é possível diagnosticar a doença, já que podem surgir os hematomas ou algum sangramento abundante em pequenos ferimentos. É fundamental que ao observar qualquer manifestação o paciente procure o médico”, informou.

Dentre os sintomas da hemofilia, o principal é o sangramento. “Os hemofílicos graves podem ter hemorragias espontâneas, sem uma causa aparente. Geralmente os sangramentos podem ser intramusculares, que são os hematomas; na pele, que são as equimoses; ou intra-articulares. E podem ocorrer em outros locais, como sistema geniturinário, sistema nervoso central, entre outros” acrescentou a médica cooperada.

Ainda segundo a Dra. Letícia Telles, garantir o tratamento fundamental é essencial para os pacientes hemofílicos. “Apesar dos inúmeros recursos presentes em nossa região, a falta de um Hemominas é uma desvantagem. O mais próximo de nós fica em Governador Valadares. Pacientes que vivem longe dos grandes centros ficam sem a possibilidade de tratamento ortopédico, fisioterapêutico e odontológico especializados, que são essenciais para a qualidade de vida das pessoas com hemofilia”, explicou.

 

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