LOJISTAS SE REBELAM CONTRA A DIREÇÃO DO SHOPPING VALE DO AÇO

Atual administração não estaria aberta ao diálogo e cobrando taxas abusivas de aluguel e condomínio. 2º andar deve ser desativado no dia 31

Cerca de 60 empresários instalados no Shopping Vale do Aço reuniram-se na noite desta terça-feira (25), no hotel San Diego, no Bairro Horto, com o objetivo de discutir melhorias para o centro de compras e, principalmente, fazer coro contra a administração do mall. De acordo com os lojistas, a atual superintendência é arbitrária e tem cobrado taxas abusivas de condomínio e aluguel, além de não estar aberta ao diálogo para novas ações e projetos. Conforme os empresários, a administração “age segundo sua própria vontade e sem consultar ninguém.”

A reunião no hotel foi uma iniciativa da Associação dos Lojistas do Shopping com o apoio do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) Vale do Aço. Entre as principais reclamações dos empresários está a inércia da superintendência do Shopping diante da queda vertiginosa das vendas após o estacionamento passar a ser cobrado. “Hoje são 115 lojas abertas e outras 93 vazias. Nada menos que 12 já fecharam as portas após a implantação da cobrança no estacionamento”, revelou um lojista que pediu para não ser identificado.
Também conforme os empresários, a administração do Shopping já avisou que o 2º andar será praticamente desativado a partir do próximo dia 31, com a justificativa de que atualmente está ocupado por apenas cinco lojas, com outras 60 vazias. “Até onde a gente sabe serão colocados tapumes nas entradas para o 2º andar e nos espaços que não foram ocupados, deixando ilhados os empresários que ali decidiram investir”, comentou outro comerciante que, temendo represálias por parte da atual administração do Shopping, também pediu para manter a identidade em sigilo.

Preço alto
Outra queixa dos lojistas diz respeito aos valores de cobrança referentes a condomínio, IPTU, aluguel e até taxa de incêndio. “Quando o espaço nos foi vendido se falou em R$ 65/mês por metro quadrado. Hoje ninguém paga menos que R$ 95, sendo que uma loja média tem um custo fixo de no mínimo R$ 15 mil. É um valor muito alto, que não condiz com a realidade da região. Trata-se de preço de aluguel e condomínio nos grandes shoppings das capitais”, avaliou mais um empresário presente à reunião, informando, ainda, que 11 ações de despejo estão em andamento no shopping. “Outra coisa que a gente não entende é o valor mais alto que alguns lojistas, como os que estão na praça de alimentação, por exemplo, pagam pela taxa de condomínio”, completou.
A Associação dos Lojistas do Shopping e o Sindcomércio Vale do Aço buscarão um acordo com a atual administração, mas antecipam que já preparam ações judiciais coletivas e individuais com o objetivo de resolver o conflito.

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