LOJISTAS PROMETEM BRIGA

 

Empresários se reuniram na sede do Sindcomércio para cobrar mudanças urgentes no atual sistema de estacionamento rotativo de Coronel Fabriciano

A insatisfação no comércio de Coronel Fabriciano com a implantação do novo Faixa Azul está longe de chegar ao fim. Doze dias após o sistema entrar em funcionamento, a indignação dos lojistas voltou à tona em reunião realizada na manhã da sexta-feira passada, na sede do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) Vale do Aço. “Foram muitas as reclamações, mas os empresários estão descontentes, principalmente, com o preço dos talões, com o curto tempo de carência e com o limite máximo de duas horas para o veículo ficar estacionado, além dos poucos vendedores nas ruas”, revelou Jair Zanela, diretor administrativo da entidade patronal.

O Sindcomércio foi provocado pelos empresários a intervir para que o Faixa Azul seja modificado com urgência. Com a ajuda da empresária Geralda Carneiro, da loja Algo Mais, o sindicato convidou os lojistas das principais ruas do Centro para uma reunião com o objetivo de discutir ações que possam solucionar ou, no mínimo, amenizar os problemas. “Não iremos descansar enquanto não houver uma flexibilização e mudanças urgentes no novo Faixa Azul. Se preciso for, iremos para as ruas protestar, pois da maneira como está não dá pra continuar. O Centro está vazio. Os consumidores sumiram! O rendimento nas lojas está caindo muito”, reclama Reinaldo Carvalho, um dos 30 lojistas presentes na reunião no Sindcomércio.

Os empresários também questionaram o valor de R$ 2 pago por uma folha do talão do Faixa Azul, o constrangimento de o consumidor ter o veículo fotografado e a falta de preparo dos vendedores nas ruas que, segundo os lojistas, costumam ser agressivos. “A informação que temos é de que já na próxima semana os proprietários de veículos poderão ser multados, caso não cumpram o que o polêmico atual sistema de Faixa Azul está pedindo. De imediato, os comerciantes reivindicam que a data de início de aplicação das multas seja prorrogada”, informa Jair Zanela.

 

Tempo

Acerca do tempo máximo de duas horas de permanência do veículo em uma vaga, houve unanimidade entre os comerciantes em afirmar que o prazo é insuficiente. “Já na próxima segunda-feira pesquisadores contratados pelo Sindcomércio irão às ruas para atestar, diretamente com o consumidor, qual seria o prazo necessário de permanência de seu veículo na vaga. Da maneira como está, com o cliente não podendo ficar mais de duas horas, nem pagando, os lojistas nos afirmaram que não está funcionando”, explica o diretor administrativo da entidade patronal.
Os empresários também questionaram a maneira como foi definida a localização dos postos de venda que, a princípio, para eles, não segue nenhum critério. “Seria interessante ter quiosques de vendas dos talões em regiões estratégicas do Centro. Hoje não há uma referência e o consumidor acaba ficando perdido, pois também não encontra os agentes do Faixa Azul nas ruas”, comentou um lojista presente à reunião. Por último, os comerciantes pediram que o tempo de carência sem notificação nos carros estacionados passe para 30 minutos.

Sindcomércio e os empresários voltam a se reunir para discutir a questão na próxima terça-feira (10), às 19h, na sede da entidade, que está situada na Av. Magalhães Pinto, 33, Centro.

Foto Emmanuel Franco

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