FESTA JUNINA!

Festas juninas, festas dos santos populares ou celebração do meio do verão são o período centrado no solstício de verão e de inverno e, mais especificamente, nas celebrações do Norte da Europa que ocorrem entre 19 de junho e 25 de junho.As festas juninas no Brasil são, em sua essência, multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha se originado nas festas dos santos populares em Portugal: a Festa de Santo Antônio, a Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente. A música e os instrumentos usados (cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco etc.) estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos ao Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão.

As roupas caipiras ou saloias são uma clara referência ao povo campestre que povoou principalmente o nordeste do Brasil e pode-se encontrar muitíssimas semelhanças no modo de vestir caipira no Brasil e em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais iniciaram-se em Portugal, junto com as novidades que, na época dos descobrimentos, os portugueses trouxeram da Ásia, tais como enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não, onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou então um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais, acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Que tal transformar seu quintal de casa em um arraial? Dou as dicas:
Decoração:
Bandeirinhas: Item obrigatório. É um dos símbolos mais característicos da festa e trata-se de um item bastante versátil. A tradição manda que elas sejam coloridas e tenham o formato de retângulos com o corte de um triângulo bem no meio, mas funcionam bem em diversos materiais. Papel de seda, cartolina, sulfite, E.V.A., etc. Se a verba estiver curta, até páginas recortadas de revistas podem servir.

Vestimenta: Essa é a parte mais divertida! O conceito básico é bastante conhecido: caipira e engraçado. Mesmo assim, há espaço para uma enorme variedade de opções. Remendos, camisas quadriculadas de flanela, vestidos de cores chamativas, chapéus de palha – com trança e laço para as meninas –, sardas, dentes pintados de preto, bigodes – postiços ou pintados – e sobrancelhas emendadas.

Se houver quadrilha, é claro que algum casal precisa encarnar os papeis de noiva e de noivo – com um belo e enorme girassol no bolso. Também pode ter padre, delegado e um mal encarado pai da noiva, que tradicionalmente traz consigo uma espingarda ou facão.

Música
Caipira, é claro! Mas não pode ser qualquer modão. Festa junina de verdade toca xote, baião, forró e sertaneja de raiz, mas tem que ter ritmo para dançar e alegria. Nada de lamentações românticas ou lentas toadas. Se você quer celebrar segundo a tradição, evite o sertanejo universitário e o chamado tchê music.

Se você quer organizar uma festa fiel à tradição junina, algumas guloseimas são fundamentais para cumprir as exigências. Confira a lista:

– Milho verde cozido

– Pipoca

– Pastel

– Pinhão

– Pamonha

– Paçoca

– Doce de abóbora

– Pé-de-moleque

– Arroz doce

– Canjica

– Bolo de fubá

– Quentão

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