COVID-19: UNIMED VALE DO AÇO INOVA EM FERRAMENTAS

A pandemia de COVID-19 tem afetado o funcionamento de várias áreas, inclusive a da saúde. Não apenas pela lotação de leitos em alguns hospitais ou a escassez de EPIs disponíveis no mercado, mas também em decorrência do elevado valor de alguns equipamentos essenciais para a atuação do setor. Em Ipatinga, a Unimed Vale do Aço tem utilizado ferramentas a custos acessíveis como forma de driblar os altos valores e garantir um atendimento eficaz e de qualidade aos seus beneficiários.

Uma das soluções encontradas para garantir maior proteção dos profissionais da assistência foi a caixa acrílica de intubação. O projeto, desenvolvido por terceiros e disponibilizado gratuitamente na internet, foi avaliado pelo setor médico da cooperativa, que solicitou a criação do objeto para uso interno.

“É uma caixa simples, produzida em acrílico, que permite mais segurança no momento da intubação endotraqueal. Ela se assemelha a uma encubadora, uma vez que possui duas aberturas redondas em um dos lados, onde o médico coloca os braços para realizar o procedimento. A caixa cria uma espécie de escudo entre o profissional da saúde e o paciente, sem que haja o contato com secreções. É uma solução eficiente diante da atual situação, tendo em vista que em países da Europa, vários médicos morreram por contraírem o vírus no momento da intubação”, esclareceu o cardiologista e intensivista cooperado da Unimed Vale do Aço, Norberto de Sá.

Laringoscópio

Outro equipamento de uso hospitalar que ganhou uma versão adaptada e de valor mais acessível foi o laringoscópio. Aplicado no exame da laringe, durante a intubação endotraqueal, o laringoscópio é utilizado para obter-se uma exposição adequada das cordas vocais, facilitando a introdução de um tubo orotraqueal que é utilizado para ventilar o paciente.

Há cerca de três anos, o médico cardiologista, Dr Norberto de Sá, que também é professor em uma faculdade de medicina da região, adaptou uma melhora ao equipamento. “Junto com alunos, removi as pilhas e a lâmpada do laringoscópio e adaptei uma câmera, o baroscópio, um objeto utilizado por mecânicos para ter acesso às áreas do motor de veículos sem a necessidade de desmontá-lo. Ao adaptar essa câmera, eu criei um dispositivo para intubação com um cabo conectado a um celular, e por meio de um aplicativo, o médico realiza o procedimento sem perigo de contato com gotículas que o paciente venha a expelir”, esclareceu o médico cooperado.

Ainda, segundo o Dr. Norberto de Sá, o equipamento é uma alternativa prática e de valor acessível, custando 50 vezes menos que o videolaringoscópio tradicional, avaliado em média de R$ 11 mil. “Na Unimed Vale do Aço temos o dispositivo tradicional, fomos a primeira operadora de planos de saúde da região ao adquiri-lo. Porém, nem todos os hospitais, não só do Vale do Aço, mas do país, tem recursos para comprar este equipamento que é essencial em alguns casos de enfrentamento ao COVID-19. O próprio Ministério da Saúde chegou a entrar em contato, cogitando desenvolver a ferramenta para uso no SUS”, concluiu o especialista.

 

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