AGOSTO DOURADO: É O MÊS DO ALEITAMENTO MATERNO

Dedicado ao Aleitamento Materno, Agosto ganhou a cor Dourada. Mês oficialmente instituído no Brasil em benefício da amamentação, para 2020 a campanha está sob o lema “Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta Saudável”, focando no impacto da alimentação infantil no meio ambiente / mudança climática e no imperativo de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno para a saúde do planeta e de seu povo.

Apesar de inúmeras campanhas voltadas para a amamentação e a importância do leite materno, apenas 40% das crianças são alimentadas exclusivamente com leite materno nos 6 primeiros meses de vida. É o que revela um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado em 2017. No Brasil, índice de amamentação exclusiva entre as crianças com até seis meses é ainda menor, com 38,6%.

“A amamentação deve ser apoiada durante todo o processo gestacional e ao final da gravidez, a família deve marcar uma consulta com o pediatra escolhido para acompanhar o bebê após seu nascimento, para que ela tire as principais dúvidas. Na maternidade, essa mãe deve ser incentivada a amamentar e bem orientada por toda equipe, com o objetivo de promover um bom vínculo e um bom início do processo. Deve ser em livre demanda, ou seja, de acordo com a necessidade do bebê, não ultrapassando os limites de faixa etária, e deve permanecer exclusiva, sem água, suco, chá e outros tipos de leite, até os seis meses de vida. Até os dois anos ou mais, deve-se manter o leite materno, associado a alimentação adequada, segundo recomendam a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Organização Mundial de Saúde”, esclareceu a pediatra e médica cooperada da Unimed Vale do Aço, Dra. Naiara Ferreira.

Propriedades do leite materno

De acordo com a médica, o leite materno passa por mudanças durante os primeiros dias de vida do bebê, sempre se adequando a necessidade da criança. “O leite materno é único e exclusivo em sua composição para cada bebe e cada mãe, e passa por mudanças pós-parto. Nos primeiros cinco dias ele é chamado de colostro, é um leite mais proteico, menos gorduroso, e tem como principal finalidade promover uma proteção desse bebê, porque nele temos a imunoglobulina, que são componentes responsáveis pela defesa do recém-nascido até que ele inicie seu processo vacinal e crie suas próprias defesas durante o processo de crescimento. Do 5º ao 15º dia ele é chamado de leite de transição, em que há um aumento no conteúdo gorduroso e diminuição do proteico. Após 15 dias é conhecido como leite maduro, que é mais equilibrado, de acordo com as necessidades do bebê, e é um leite mais gorduroso”, explicou.

A pediatra ainda destacou que são raros os casos em que os bebês não podem ser amamentados pela mãe. “São poucas as restrições a amamentação, mesmo em período de pandemia da Covid-19. As principais contraindicações são infecções maternas pela HIV, HTLV, que são sexualmente transmissíveis; a drogadição da mãe; a vacinação contra febre amarela nas lactantes, com bebês menores de seis meses, em que a amamentação deve ser suspensa por um período de 10 dias, ou em crianças portadoras de uma doença genética chamada Galactosemia. Os cuidados com a amamentação na pandemia são os mesmos para a população em geral, que é a lavagem das mãos antes de colocar o bebê ao seio e uso da máscara se um dos pais estiver saindo para trabalhar”, esclareceu.

Importância da amamentação

Além das propriedades nutritivas ao bebê, a amamentação tem seu papel emocional e afetivo. Já para a mãe, o processo também traz inúmeros benefícios.

 

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